sexta-feira, abril 14, 2006


Férias judiciais

O "estudo" ora publicado no site do Ministério da Justiça só comprova uma coisa: a ligeireza com que se tomou a decisão de encurtar as férias judiciais de Verão. A análise do impacto da medida a nível do funcionamento da máquina judicial é nula. Aliás, trata-se basicamente duma abordagem estatística do tipo: o sujeito tem os pés congelados e a cabeça a arder, logo na média está bem. Ignoremos, portanto, a gangrena e a meningite e ocupemo-nos da média. Se em dez meses se resolvem mil processos, em onze resolverão muito mais... e pronto, está o "estudo" concluído. Mesmo sendo uma encomenda a posteriori e um trabalho a trouxe-mouche, era obrigatório parir melhor rato.